O leão selvagem, vive o dia
Como
se não houvesse o amanha
Caça
o que pode ser caçado
Luta
bravamente com seu adversário
Afim
de obter um lugar
Para
poder chamar de seu
Deleita-se
com as fêmeas da savana
E
prospera a sua linhagem
Para
além de seu tempo
O
leão caçado, vive a incerteza
Fora
extraído de seu mundo
Jogado
em um lugar escuro
Comercializado
sem autorização
Maltratado
sem justificação
Alimentado
sem regularização
Tornara-se
agressivo sem intensão
Desconfiado
pela condição
“Agora
não representa mais perigo
Viciado,
doente e fodido
Inofensivo”
O
leão domesticado, vive por viver
Leva
consigo as dores da vida
Gravados
em seu corpo
Cicatrizes
eternas
Só
luta por necessidade
Não
galga um lugar melhor
Vive
na mesmice e na solidão
Dificilmente
se arrisca por uma fêmea
Com
medo de adquirir mais dores
Dores
invisíveis a olho nu
Mas
que corroem a alma
Que
um dia pôde ser chamada de selvagem
Por:
Caique de Souza
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