terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O perdedor

Vencer
Essa é a meta de qualquer jogador
Uma verdade explícita
Escancarada com a intenção
Porém não é só essa a razão
Um sentimento mais simples
Exalta na sensação
Esperança
É o que nos motiva
De alma e coração

Por mais bonito que seja
A última coisa que enseja
O que à Pandora foi surpresa
A esmeralda
Não paga toda dor e sofrimento
Infligidas nas derrotas consecutivas
"O jogo da vida
Acontece e gira
Entorno dos pontos"
Que ganhamos
Gastamos e perdemos

Muito mais complicado do que
Apertar um botão
Girar a roda
Jogar os dados
Ou apresentar os resultados
Nesse jogo as apostas são altas
O vendedor leva os pontos
Para a construção de uma vida
E o perdedor tem a sua viga destruida
Obstruída com a decepção
Abalada com a humilhação

Se existe tantas perdas no processo
Por que nos fazemos de bobo?
Por que continuamos nesse circulo vicioso?
O doce néctar da vitória
Essa é a resposta
A possibilidade de contruir
Algo melhor e maior
Que prospere sem muito suor
Pois não há nada melhor
Do que dividirmos o nosso melhor
Com alguém que nos torna maior

Por: Caique de Souza

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Um Leão


O leão selvagem, vive o dia
Como se não houvesse o amanha
Caça o que pode ser caçado
Luta bravamente com seu adversário
Afim de obter um lugar
Para poder chamar de seu
Deleita-se com as fêmeas da savana
E prospera a sua linhagem
Para além de seu tempo

O leão caçado, vive a incerteza
Fora extraído de seu mundo
Jogado em um lugar escuro
Comercializado sem autorização
Maltratado sem justificação
Alimentado sem regularização
Tornara-se agressivo sem intensão
Desconfiado pela condição
“Agora não representa mais perigo
Viciado, doente e fodido
Inofensivo”

O leão domesticado, vive por viver
Leva consigo as dores da vida
Gravados em seu corpo
Cicatrizes eternas
Só luta por necessidade
Não galga um lugar melhor
Vive na mesmice e na solidão
Dificilmente se arrisca por uma fêmea
Com medo de adquirir mais dores
Dores invisíveis a olho nu
Mas que corroem a alma
Que um dia pôde ser chamada de selvagem

Por: Caique de Souza

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Prender não é amar



Prender não é amar.
O pássaro foi feito para voar.
A rosa foi feita para florir e perfumar.
O peixe nada para viver.
A árvore vive para crescer e se desenvolver.

Amar serve para multiplica, não para reduz.
Um pássaro na gaiola,
Uma rosa no vaso,
Um peixe no aquário,
Uma árvore no vaso.
O amor usado nestes termos,
Só reduzem a vida,
Não demonstram sentimentos verdadeiros,
Pela inexistência da compreensão,
Compaixão, atenção.

Muitas vezes, amar significa perder,
Deixar viver.
Não se ama para obter,
Pois, o amor não pode ser comercializado,
Penhorado, encarcerado.
Ele deve ser criado,
Cultivado, regado,
Realmente amado.

Por: Caique de Souza

Será que?



Será que?
Vale a pena forçar uma amizade,
Verdadeira e consistente,
Para tentar um amor,
Que cresce no coração de um sonhador,
Como um vírus corrói o intimo de um arquivo?

Perder uma “metade”,
Que há tempos, nunca completava,
Pode ser a gota final.
Para a mente de um libriano,
O “período das trevas” renasce com um incidente.

Um coração amargurado,
Não pensa em se apaixonar,
Repentinamente e repetidamente,
Com medo de errar.
Destruir um quebra cabeça,
Que sempre esteve inacabado.
Mas a paixão não tem química exata,
Pois, há eventos predeterminados,
Que estão além da imaginação.

A teoria da semente no tempo,
Pode ser uma arma de autodestruição,
Pois, se ela for usada indevidamente,
Há a possibilidade de ela ter um efeito contrario,
Revertido a danos ao usuário desprevenido.

O fim de uma amizade.
O inicio de algo maior.
Quais as chances de um ogro,
Vencer a competição,
Contra um príncipe,
E conseguir a mão da princesa?
A realidade não é tão simples,
Quanto dar um “PLAY” no DVD.
Usa-se o “REC” sem “PAUSE”.
Nessa longa metragem vitalícia,
Perfeição não pode ser cogitada.
Mas tudo vale a pena,
Quando a pessoa possivelmente,
Pode ser a “peça” que está faltando.

Por: Caique de Souza

AMAR É DOAÇÃO

Amar é doação.
É se entregar incondicionalmente.
É compartilhar o pouco que tem,
A fim de construir algo maior.

Na visão de um moleque,
Tudo é apenas paixão momentânea.
Por mais que seja intensa,
Não é completa, perpétua, eterna.
É algo que se desfaz com o tempo,
Seja em quatro dias ou em quatro anos.
É tudo construído com palha;
No alto da montanha,
Com uma simples brisa,
É possível destrói o que nunca foi sólido.

Na visão de um homem,
É desejo que se torna necessidade.
É labareda que se torna chama azul,
Que aquece sem queimar,
Ilumina sem apagar.
Mansidão que não enjoa.
Amizade verdadeira.
História escrita além do tempo.

A vontade de amar pode cegar,
Enganar e até matar.
Mas nunca far-se-á revelar,
 O que realmente,
Só a morte pode separar.

Por: Caique de Souza